quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

De repente a gente se depara com algumas realidades.(Cap. 2)

     Quando se opta pela Enfermagem passamos por um pré- conceito insistente e irritante que toma forma  quando surge a pergunta : “Por que não medicina?”. Normalmente feita pelos pais, essa pergunta vem acompanhada de um sermão que dura mais ou menos vinte minutos. Todo estudante de Enfermagem já ouviu pelo menos uma vez na vida alguém dizer: - Mas você esta tão perto  da Medicina, porque não tentar o vestibular mais uma vez?
     Sinceramente, eu não entendo porque as pessoas não conseguem aceitar o fato de alguém optar por ser enfermeiro e não medico, pelo simples fato de se sentir vocacionado a acompanhar o paciente mais de perto, zelar pela sua melhora e acompanhá-la passo a passo. A enfermagem não se detém a uma passagem rápida do medico e não se prende a um consultório que dedica dez minutos a cada paciente. É a construção de um relacionamento de amizade e cumplicidade que aliado a medicação torna a cura mais palpável.
    Observar a Enfermagem através do olhar de uma estudante pode ajudar a você a entender porque escolhemos essa profissão desgastante, confesso...Mas extremamente gratificante.

2 comentários:

  1. Amiga, muito filosofa vc, mais é a nossa pura realidade...iremos em frente, a espera de um futuro recompensador... ;D

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  2. Ser enfermeira não é fácil e não é pra qualquer um...tem que gostar, pois, como a maioria das profissões da área da saúde é desgastante e pouco reconhecida. Costumo dizer aos pré-vestibulandos que façam enfermagem caso se identifiquem com o cuidar, o dedicar-se ao próximo. E que nem pensem em seguir essa profissão só porque "tem emprego", realidade essa já mudada, nem muito menos se quiserem ficar ricos, pois esse será um enfermeiro frustado rsrsrsrs.
    Sou enfermeira há 4 anos e meio por opção, terminei mestrado em enfermagem e atualmente faço doutorado também em enfermagem. Dani imagina quantas vezes ouvi pessoas dizerem..."você é tão estudiosa...pq não faz medicina?" Vivemos numa sociedade medíocre, onde o biomédico, o curativo, a doença ainda são predominantes e por isso a sociedade ainda não valoriza a importância de cada profissional de saúde.

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